O tolo o sábio encontrou, Sobre a ponte estaiada, E tão logo perguntou: "Então, a vida não é nada?" O sábio lhe testemunhou Não em nome de algum deus Nem tão pouco se humilhou Sinceros eram os passos seus "Amigo tolo, tolo amigo Por que me procuraste? Eu não te ofereço abrigo Pois se vê que és um traste" O tolo não se intimidou "Velho sábio, sei muito bem Que um pobre traste sou Mas não devo nada a ninguém" O sábio então lhe sorriu Sincero, sim, o tolo era Mas o cenho então franziu Era dele àquela espera? Ele que viu, ouviu e viveu Mais do que todos no mundo O único sábio que sobreviveu Ao caos da burrice profundo A quem o sábio poderia ensinar? As virtudes de um mundo perdido Quem era bom para o escutar? Quem tinha atentos ouvidos? "Velho sábio, eu vim até aqui" O tolo cortou-lhe o pensamento "Para reaprender o que eu perdi Aquele antigo conhecimento"...
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