sexta-feira, março 16

Existência Consciente-Desafios da autoestima

 

por Maria Laurinda Ribeiro de Souza 

Todos querem ter uma boa autoestima. E não é para menos, já que prevalece a ideia de que seus efeitos são decisivos para o bem-estar físico e psicológico. Mas não é simples lidar com esse conceito, afinal, trata-se de algo “móvel” e de caráter subjetivo: não basta ser belo, inteligente ou querido para se sentir bem – é fundamental que a pessoa se permitareconhecer em si as características positivas e possa se apropriar delas. Além disso, assim como acontece com outros estados afetivos, é difícil mensurar o quanto gostamos de nós mesmos, embora nos últimos anos a psicologia experimental tenha trabalhado no desenvolvimento de algumas ferramentas para avaliar o apreço que nos devotamos.

Infinitamente mais psicológico do que lógico, o que sentimos por nós está apoiado nas experiências acumuladas e, ao mesmo tempo, naquilo que vivemos no presente (o que, aliás, também é influenciado pelo passado). “Em linhas gerais, podemos dizer que autoestima é o conceito que cada indivíduo faz de seu próprio valor”, afirma o psiquiatra italiano Willy Pasini, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Milão e de Genebra, e autor do livro A autoestima: descubra o que afeta sua imagem e viva melhor (Rocco, 2011). Fundador da Federação Europeia de Sexologia, ele compara esse sentimento a um camaleão. Embora a metáfora seja muitas vezes empregada de forma negativa, numa alusão aos que mudam de opinião com frequência, nesse caso Pasini destaca o aspecto positivo. “Assim como o animal que altera sua cor, mas não a pele, a autoestima pode se modificar ao longo da vida, influenciada por sucessos e fracassos, pelo que decidimos e encontramos, mas principalmente pela forma como elaboramos cada experiência; entretanto, sua estrutura básica permanece imutável.
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