Com participação brasileira, estudo publicado na revista Science mostra que a agricultura, cada vez mais impactada por mudanças climáticas, ainda ignora sustentabilidade e segurança alimentar.
Na região Sul do Brasil, celeiro agrícola do país, o regime de chuvas não é mais o mesmo das últimas décadas. Santa Catarina, por exemplo, viveu sete anos de estiagem nos últimos dez anos – embora os cientistas ainda não possam afirmar categoricamente se a alteração foi causada por mudanças no clima.
“Mas é, sem dúvida, uma anomalia. Temos que prestar atenção. E a ciência é responsável por buscar a causa dessas anomalias”, disse Carlos Nobre, do Ministério de Ciências e Tecnologia, em conversa com a DW Brasil. O pesquisador é um dos autores do artigo “What next for agriculture after Durban” (“O que vem pela frente para a agricultura depois de Durban”, em tradução livre), publicado nesta sexta-feira (20/01) na revista Science.
Assinado por 14 cientistas atuantes em diferentes partes do mundo, o texto é provocativo: um dos setores sob maior pressão para garantir a sobrevivência da humanidade e que tem a missão de alimentar uma população de 9 bilhões de pessaos até 2050 é uma pauta esquecida nas negociações climáticas.
“A agricultura global precisa produzir mais comida para alimentar uma população cada vez mais numerosa. Por outro lado, avaliações científicas mostram que as mudanças climáticas são uma ameaça crescente para as lavouras e para a segurança alimentar”, alerta o artigo....
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