quinta-feira, dezembro 1

Existência Consciente - Quando Sofremos Desnecessariamente por Bel Cesar



Segundo os ensinamentos tibetanos, os cavalos dividem-se em quatro categorias: os excelentes, que nem precisam apanhar para seguir uma ordem, pois já se movem com a sombra do chicote; os bons, que se movem com uma leve chicotada; os medíocres, que não se movem enquanto não sentirem a dor da chicotada; e finalmente, os péssimos, que esperam a dor da chicotada penetrar até o meio dos ossos para então se moverem. 


Quem não se identifica com uma destas quatro categorias no modo como leva a vida para não repetir os mesmos erros que causam sofrimento? Infelizmente, muitos de nós sofrem além do necessário para aprender as lições da vida. 




No entanto, se quisermos ser excelentes na arte de superar o sofrimento, teremos que remover o preconceito de que somos péssimos. Pois, o importante é aprender a estar desperto.




Estar desperto é aprender a habilidade de ser sincero consigo mesmo. Ser desperto é estar completo: libertar-se da tendência de buscar a luz e negar a sombra. Jean-Yves Leloup em seu livro Além da Luz e da sombra (Ed. Vozes) escreve: O que é preciso visar, sempre, é a libertação do contrário. Um dos sinais de maturidade em nossa vida ordinária é quando os contrários aparecem como complementares. Nesta visão, não se necessitam opor anjos e demônios, mas se necessita ultrapassar uns e outros. 

No tradicional livro Bardo Thodol - O Livro Tibetano dos Mortos, há um importante ensinamento sobre como superar o julgamento de ser bom ou ruim para nos libertarmos do ciclo morrer e renascer em sofrimento: Não olhe para nenhum dos pratos da balança. Vá além do seu karma, seja ele positivo ou negativo. Lembre-se que a Clara Luz está além das conseqüências dos seus atos. ...


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