Símbolo
do empreendedorismo privado na China, Wenzhou, na província de
Zhejiang, se transformou na ponta do iceberg de uma nova ameaça à
economia do país: a explosão no volume de empréstimos concedidos fora do
sistema financeiro nos últimos dois anos. Pelo menos 80 empresários
fugiram e dois cometeram suicídio desde abril por não conseguirem pagar
dívidas contraídas no mercado de crédito “subterrâneo”, segundo
levantamento feito pela agência oficial de notícias Xinhua.
Os juros nessas operações giram em torno de 24% a 36% ao ano,
comparados à taxa básica de 6,56% fixada pelo banco central para as
operações “oficiais”, mas em empréstimos de curto prazo, o percentual
pode chegar a 60%. Pequenas e médias empresas e empreendedores
imobiliários privados recorrem a esses financiamentos extorsivos em
razão da dificuldade de obter empréstimos no sistema bancário,
especialmente depois das medidas de aperto monetário impostas pelo
governo a partir de 2010.
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