Poderia a realidade ser congelada pela mente? Para discutirmos esta possibilidade, torna-se necessário penetrarmos nos paradigmas e paradoxos propostos pela nova física.
O modelo cartesiano-newtoniano de mundo nos diz que as coisas são constituídas de uma matéria sólida, estável e que estão separadas no tempo e no espaço. Esta visão agregada ao princípio da objetividade forte proposto por Aristóteles que preconiza que os objetos existem independentemente de uma mente, compõe basicamente o legado da filosofia materialista. Sem nos darmos conta, a herança desta visão de realidade nos fez perpetuar um culto a idéia de um mundo como máquina regido por leis determinísticas toda vez que observamos a realidade a nossa volta. Tal visão de mundo promove a necessidade da construção mítica de um poder maior e ao mesmo tempo nos induz a assumir um papel de eternos afetados por circunstâncias e eventos construídos pelo o acaso. Entretanto, com o surgimento da Física Quântica, este modelo foi prejudicado em suas bases, pois o mundo vislumbrado pela mecânica quântica é cheio de mistérios e fenômenos que eleva a condição da mente a um novo status, isto é, a de um maestro regendo uma grande sinfonia energética: o universo. "Embora uma nova disciplina científica denominada física quântica tenha substituído formalmente a física clássica neste século, a velha filosofia da física clássica a do realismo materialista continua a ser amplamente aceita" ¹ Ao considerarmos esta nova perspectiva em que não somos mais o detalhe de uma realidade e sim geradores de camadas de realidade, podemos passar a um outro nível de questionamento que é o de como podemos afetar e criar realidades plenas. Muitas vezes temos a impressão de que alteramos a velocidade de certos eventos a ponto de retardar e até mesmo "congelar" momentaneamente a realidade como se derrotássemos o tempo. Seria mesmo apenas uma impressão? Como exemplo podemos mencionar o fenômeno da chaleira vigiada, fenômeno este vivenciado comumente no dia-a-dia e tomado como algo simples....
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