Como dissemos, somos sombras de uma perspectiva maior e neste filme podemos encontrá-la na forma da experiência de Nina rumo à perfeição para interpretar o Cisne Negro. Assim sendo, faremos um comparativo entre o contexto do sistema manipulatório da sociedade moderna e a vida pessoal de alguém subjugado por suas próprias limitações de personalidade. No filme temos Nina, uma representação da humanidade atual e Érica, sua mãe, representando uma das facetas do sistema. Nina representa o princípio ativo do ser humano quando adentra na matéria, numa conotação primeva, para todos os efeitos. Ela tem a inocência, o aspecto leve e iluminado e a candura de uma experiência crescente de auto evolução. Todavia, com a presença de sua mãe, totalmente controladora e usando da filha para realizar os sonhos pessoais que não se concretizaram no passado, Nina acaba deste modo sendo moldada, nascendo então a submissão, a timidez e a ingenuidade (que não é o mesmo que inocência). Numa analogia, vemos então Érica como a faceta visível, a primeira camada do sistema, da Matrix. O sistema programa o ser humano de tal maneira...
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